Vamos conhecer mais um mito africano trabalhado com nosso alunos.
Em Ijebu viveu um caçador chamado Erinlé, famoso pela caça de elefantes e de outros animais, era generoso e imbatível na caça, por isso era admirado pela maioria da população, mas havia alguns moradores que invejavam Erinlé e que conspiravam para arruinar o caçador, roubando cabras e ovelhas do rei e culpando Erinlé.
O rei intimou quem soubesse algo sobre o roubo a dizê-lo. Os conspiradores foram até o rei fazer a acusação, disseram que Erinlé roubava cabras e ovelhas, escondia as peles em casa e dizia que as carnes eram de animais selvagens.
O rei quis ouvir a defesa de Erinlé, houve testemunhos a favor dele, diante do impasse, o rei julgou que Erinlé parecia ser de fato um grande caçador, mas teria que provar sua inocência. Erinlé disse: Minha caça falará por mim. “Minha caça será minha testemunha".
Erinlé foi até sua casa e trouxe coisas para o rei, Erinlé trouxe as peles dos animais selvagens que havia caçado, presas de elefantes e de javalis, peles de gamos, veados e antílopes.
Então o rei reconheceu a inocência de Erinlé e ordenou que ninguém mais tocasse no assunto, Erinlé foi para casa, inocentado, porém triste. Erinlé nunca se conformou com a acusação que sofrera, Erinlé pensava e não entendia a razão de tentarem arruiná-lo, não quis mais caçar nem comer com os seus.
Em momentos de desespero fustigava o próprio corpo com a sua chibata de cavaleiro. Imaginava que seria acusado novamente caso acontecesse outro roubo de animais.
Erinlé perdera completamente a vontade de caçar, então entrou na água de um rio próximo e partiu de Ijebu, onde nunca mais foi visto, E se tornou uma divindade do rio.
Erinlé agora é o rio, o rio Erinlé é Erinlé, uma divindade caçador que já não caça
Com este mito podemos realizar um trabalho com os valores: admirar/ invejar / conspirar contra alguém/ mentir/ decepcionar/ dentre outros. Importante também o trabalho sobre a justiça. Relacionar o mito com o dia a dia, pedindo aos alunos que relatem situações parecidas com a de Erinlé.
Conhecendo os mitos africanos,as crianças reafirmam seus laços identitários.
ResponderExcluir